Na madrugada de segunda-feira (22), o nano satélite brasileiro NanoSatC-Br2 foi lançado do Cazaquistão rumo ao espaço, onde passou desde então a transitar em órbita baixa terrestre. Seu lançamento, que faz parte de um projeto nacional de utilização de nano satélites, traz pontos interessantes sobre as potenciais aplicações destes equipamentos, bem como sobre a importância para o Brasil em se envolver com programas desta natureza.
Agora em órbita e já tendo enviado seus primeiros sinais para a Terra, o NanoSatC-Br2 tem como principais objetivos o estudo e monitoramento em tempo real de distúrbios observados na magnetosfera terrestre, da intensidade do campo geomagnético e da precipitação de partículas energéticas sobre o território brasileiro. O foco do emprego de nano satélites no país tem sido, por enquanto, pesquisas e capacitação de recursos humanos e operacionais.
Os nano satélites têm recebido bastante atenção da indústria do setor nos últimos anos por causa de suas aplicabilidades e baixo custo relacionado ao seu tamanho reduzido (o NanoSatC-Br2, por exemplo, pesa apenas 1,72 kg). Seu potencial de uso é vasto, sendo aqueles relacionados a IoT e M2M os mais buscados atualmente, conforme pode ser visto com mais detalhes em nosso texto sobre o assunto.
O NanoSatC-Br2, como o próprio nome sugere, não é o primeiro desta linha a ser desenvolvido pelo projeto brasileiro. O NanoSatC-Br1 está em operação desde 2014, sendo que ambos foram construídos a partir de uma parceria entre a Agência Espacial Brasileira (AEB), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Desta maneira, além dos benefícios já mencionados sobre as aplicabilidades dos nano satélites, o programa nacional também serve para capacitar cada vez mais o Brasil para o setor espacial e de satélites. Por meio de uma integração entre pesquisadores e estudantes, o projeto pretende promover a preparação de uma nova geração de profissionais da área e tornar o país uma referência em Geoespaço, Astronomia, Geofísica Espacial e de Engenharias e Tecnologias Espaciais.
Para saber mais sobre o NanoSatC-Br2, visite a página do INPE.