State of the Satellite Industry: a indústria de satélites em 2020

A consultoria Bryce Space and Technology divulgou recentemente a mais nova edição de seu relatório anual, State of the Satellite Industry, que traz números sobre o universo dos satélites em contexto global no ano de 2020. Para saber também sobre os dados publicados com relação ao ano anterior, confira nosso texto sobre o assunto.

De um modo geral, a consultoria demonstra otimismo para a indústria de satélites nos próximos anos, chamando a atenção para um aumento na acessibilidade e produtividade. Aliados a novas capacidades constantemente descobertas para os satélites, a empresa prevê que a indústria verá um crescimento econômico e uma melhora na segurança e sustentabilidade de seus serviços.

O relatório da Bryce mostra o contínuo aumento na receita global do mercado espacial, indo de US$ 366 bilhões em 2019 para US$ 371 bilhões em 2020 – um aumento de quase 1,4%. O mercado de satélites, especificamente, foi responsável por cerca de US$ 271 bilhões deste montante, o que equivale a uma parcela de 73% do total.

Quanto a esta receita, o documento revela que a maior parte é proveniente de serviços ofertados por satélites e por equipamentos terrestres, que juntos arrecadaram pouco mais de US$ 250 bilhões – 94% do total. Dentre estes, os que mais contribuíram para a receita foram serviços de televisão, com US$ 88,4 bilhões, e equipamentos de GNSS (Global Navigation Satellite Systems), com US$ 103,4 bilhões.

As indústrias de lançamentos e de construção de satélites, por sua vez, foram responsáveis por uma receita de US$ 17,5 bilhões. Outro dado interessante desta edição do State of the Satellite Industry sobre o tema mostra como a construção destes equipamentos se concentra mais nos Estados Unidos, país que arrecadou mais da metade do rendimento global neste segmento.

Por fim, o relatório também indica uma mudança relevante no cenário de satélites no último ano: contrariando as tendências observadas anteriormente, as missões para comunicações comerciais e sem fins lucrativos representaram, em 2020, quase metade das operações de satélites no mundo. Além disso, o número de satélites operacionais também aumentou em um ritmo mais acelerado, indo de cerca de 2.500 equipamentos para quase 3.400.