Uma parceria entre Abrasat, Sindisat e Inatel, iniciada em 2017, acaba de ser renovada para mais dois anos, agora com foco no combo formado por 5G, satélites, Wi-Fi e Internet das Coisas, um modelo no qual a tecnologia de comunicação vem evoluindo no Brasil. O funcionamento em conjunto dessas tecnologias promete revolucionar as telecomunicações, eliminando a lacuna de conectividade presente nas áreas distantes dos grandes centros em todo território nacional.
O projeto vem em boa hora já que o mercado de satélites atualmente vê um futuro promissor à sua frente, com o ecossistema 5G promovendo uma integração mais intensa do mundo satelital com o mundo da comunicação móvel nos próximos anos. Os planos de utilização de satélites de altíssima capacidade e novas constelações possibilitarão avanços tecnológicos importantes nas áreas de agronegócio, logística e cidades inteligentes.
A união das três instituições fará com que o conhecimento teórico e o conhecimento prático se encontrem ao promover pesquisas – a partir de bolsas de doutorado – que poderão ser testadas com o uso de equipamento de ponta em satélites reais. Normalmente, estudos na área de satélites são testados em simuladores, o que evidencia o caráter inovador da parceria que ainda pretende buscar soluções para problemas reais enfrentados pelas empresas do setor.
Agora, os estudos realizados por meio da parceria procurarão entender mais sobre a utilização de softwares nas redes via satélites, que vem se mostrando como uma tendência para o futuro. Essa “softwarização” de tudo é um processo que vem aos poucos sendo implementado em todos os setores da economia e que permitirá redução de custo e maior flexibilidade nos serviços envolvidos a partir de sistemas integrados que podem ser reconfigurados dinamicamente. Assim, a conectividade plena se tornará essencial, bem como a ampliação do uso de satélites para garantir uma cobertura universal constante.
O Brasil tem se interessado nos últimos tempos pelo mercado de satélites de modo geral, como pode ser verificado pelo recente lançamento do Amazônia-1 e os planos de reativação da base de lançamentos em Alcântara. Dessa forma, os estudos promovidos pela parceria se alinham com as pretensões do país, que tem potencial para se tornar um agente mundial importante no desenvolvimento deste conjunto de tecnologias do futuro, formado dentre outras tecnologias por 5G, satélites, Wi-Fi e Internet das Coisas.